Segunda edição do Encontro Memórias e Direitos Humanos teve como tema “Direitos humanos e democracia em Santa Catarina: lutas e protagonistas”. O evento ocorreu nos dias 7 e 8 de dezembro, nas salas do Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Foram registradas algumas das atividades e debates que marcaram o evento:
Roda de conversa: Memória, verdade e justiça: mortos e desaparecidos em Santa Catarina.
O debate foi sobre vítimas catarinenses na época da Ditadura Militar no Brasil. Um dos participantes, Reginaldo Benedito Dias, professor de história da Universidade Estadual de Maringá e autor do livro “Arno Preis: a demanda da família de Arno Preis pelo direito ao luto, à verdade, à reparação pública e à justiça”, falou da importancia do debate no evento:
“Precisamos de uma outra narrativa histórica para termos um país democrático, um evento como esse contribui para alimentarmos os debates e construirmos um novo país. Pode parecer uma contribuição limitada, mas está encadeada com novas formas de ação com os agrupamentos de direitos humanos para cultivarmos os valores corretos de um país democrático.”
Roda de conversa: Direitos linguísticos, direitos culturais e comunidades tradicionais.
Foi discutido os problemas que diversas comunidades sofrem, como os quilombolas, os indígenas, e pessoas com surdez. Estavam presentes no evento: Marcia Nascimento Kaingang, pós-doutoranda em Linguística da Universidade Federal do Rio de Janeiro e representante do GT Sul da Década das Línguas Indígenas; Marianne Stumpf, professora de Libras da UFSC, liderança surda, atuou junto à lei de educação bilíngue de surdo; Raquel Mombelli, doutora em Antropologia Social e coordenadora do GT Quilombos da Associação Brasileira de Antropologia.
Roda de conversa: Luta pela moradia, violências e abordagens policiais.
No debate foi abordado sobre as dificuldades sofridas por pessoas em situação de rua, e a realidade das ocupações. Integraram o debate: Marcelo Leão, advogado atuante na área de direito urbanístico, membro do Conselho do Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico; e Filipe Bezerra, morador e Coordenador da Ocupação Carlos Marighella (Palhoça), militante da Unidade Classista.
Roda de conversa: Precarização e violências na educação: lutas, resistências e protagonismos.
Dificuldades e a realidade do sistema educacional brasileiro. Participou da mesa redonda: Jordana Soares de Araújo, estudante de Direito na UFSC e ex-estudante secundarista da “Ocupa Simão”; Valéria de Oliveira Florentino, historiadora, professora da educação básica e diretora da EEB Padre Anchieta; e Rosemar Ucha Peres, coordenadora do Núcleo Educação de Jovens e Adultos Continente.